quinta-feira, 20 de agosto de 2009

OUVIR COIMBRA - Partilhar também é agir ( Parte 2 )- Pina Prata, Agora Sim

De António Gaspar :

2ª Parte :
(...) Coimbra foi rapidamente ultrapassada a vários níveis por cidades vizinhas e algumas até de menor dimensão.
Continuamos a viver à sombra do estatuto de uma universidade, que por ano tráz milhares de estudantes a Coimbra, sem nunca ninguém ter reparado que a Universidade de Coimbra há muito que foi ultrapassada por outras Universidades, mais novas, com cursos de futuro e com infra-estruturas mais modernas e em melhor estado de conservação.
E ali continua o Velho Mondego na sua tranquilidade. Ele que foi fonte de inspiração para tantos estudantes que passaram por esta cidade. Em termos culturais, há muito tempo que fomos ultrapassados por uma cidade que apenas ganha vida no verão, a Figueira da Foz.
A Figueira, com um Centro de Artes e Espectáculos, com uma programação cultural de qualidade e diversificada, consegue colmatar uma lacuna que esta cidade, dita de Doutores e Engenheiros, não tem nem habilidade nem engenho para o fazer.
E o que é que os nossos dirigentes fazem? Nada.
O nosso vereador da cultura veio alegremente, há uns meses atrás, apresentar a Rota das Tabernas/Tascas, um circuito pedonal que passa pelas mais tradicionais e emblemáticas tascas da cidade. (Na minha opinião muito bem feito! Mas só!!!!).
O ano passado foi ver o Dr. Carlos Encarnação anunciar o tão desejado CAE em Coimbra, um projecto que iria colocar Coimbra no mapa cultural. Ao ler a notícia, percebe-se que o investimento era privado (1.000.000,00€) e qual era a participação da CM Coimbra no meio disto tudo? Ceder um terreno junto ao terreno onde iria começar a ser construída tão importante obra (supostamente era em 2009, bem juntinho à Av. Dr. Elísio de Moura), onde poderia ser construído um parque de estacionamento onde caberiam10!? Carros.
Infelizmente, cada vez mais caminhamos para ser uma cidade de serviços. A baixa morre a cada dia que passa, é um antro de droga e criminalidade. Conheço relatos de pessoas que, em dias de inverno e que saem dos seus trabalhos por volta das 19h, têm medo de se deslocar a pé pela R. Ferreira Borges e pela R. Visconde da luz. A baixa é cinzenta, suja e feia. Não temos a coragem de preservar aquilo que nos é mais tradicional. Vejo empresas a fechar todos os dias, sem que ninguém faça nada para travar este problema.
(Continua ...)

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